Apresentação

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Salto do Tigre ou Salto João Nogueira

Localizado em São Jerônimo da Serra/PR, município famoso regionalmente pelos atrativos turísticos que fazem parte do Parque Estadual do Penhasco Verde, o Salto João Nogueira (também conhecido como Salto do Tigre) é a cachoeira mais alta da região do Norte Pioneiro do Paraná e a 4ª maior do estado, com 136 metros de altura. Situa-se entre o parque, uma fazenda particular e uma reserva indígena, na Colônia Terra Nova, e pode ser visitada mediante árdua trilha de menos de três quilômetros de extensão.

O Córrego São Pedro, que alguns metros antes espalha calmamente rasas águas através de pedras e lajeados forma um curso que atravessa a mata em direção a beira do penhasco. De lá, despencam através de uma elevada corredeira cachoeirada, em um poço cercado de blocos de arenito e prosseguem seu sinuoso trajeto por um vale forrado de mata ciliar rumo ao Rio Tigre.

É possível descer o penhasco para alcançar a base da queda cortando uma vereda estreita, mas o nível de dificuldade se agrava por esse caminho, devido à alta declividade, irregularidade do terreno e a cobertura lodosa escorregadia das pedras que o compõe. Um arame fixado na margem esquerda da vereda serve de eventual corrimão. O alto paredão de arenito repleto de bromélias e “rainhas-do-abismo” (planta endêmica da região) ladeia a íngreme descida.

No piscinão, cercado pelo anfiteatro de arenito, o fluxo da cachoeira se abre em um véu, cobrindo as rochas circundantes de um limo escorregadio pelo umedecimento constante e tornando a perambulação perigosa. A água que cai conserva grande energia decido à declividade ainda elevada, seguindo por uma sequência de pequenos saltos e corredeiras até a baixada de pasto supracitada. As proximidades da cachoeira e o leito do rio têm uma abundância de blocos abatidos que originam semidouros (infiltração da água no meio dos blocos que sai alguns metros a frente), situação perigosa que pode ocasionar na sucção de membros.

Assim como as outras formações geológicas do Parque Estadual do Penhasco Verde, área de preservação criada em 1991, não possui Plano de Manejo e portanto, não é um empreendimento ambiental gerido, fiscalizado ou sinalizado. O local é de responsabilidade do IAP. Não é cobrada taxa de entrada e não possui infraestrutura básica, como banheiros e pontos de venda de alimentos, água e outros artigos. É possível contratar o serviço de guias não oficiais.

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