O Carnaval tem uma importância significativa na história da cultura popular brasileira, mantendo sua tradição mesmo no interior do país, como é o caso de Jacarezinho-PR.

Os primeiros registros desse patrimônio imaterial na cidade remontam aos Carnavais nos Clubes, realizados em locais como Jacarezinho Club, União Clube, Clube dos Papagaios, Comercial Club e Athletic Club, desde os anos 30 até meados dos anos 90.

Inicialmente inspirados nas festas europeias de máscaras de Veneza, esses carnavais nos clubes eram eventos privados frequentados pela elite local, os "sócios". Paralelamente, há registros de carnavais frequentados pelos trabalhadores nos "Bailes de Fazenda e Bairros".

O Carnaval de Rua, conhecido como "a festa mais democrática de todas", ganhou força nas principais avenidas e ruas da cidade na década de 60 e continua ocupando esse espaço até hoje, com a participação de alegorias, baianas, ritmistas e passistas nas alas de composição.

Durante os 60 anos de tradição, surgiram diversas Escolas de Samba e blocos carnavalescos. Com registros fotográficos, foram identificadas 11 dessas Escolas de Samba, embora fontes orais indiquem a existência de outras três. A primeira delas foi a "Vai quem Quer", possivelmente fundada nos primeiros anos da década de 60 no Parque Bela Vista, influenciada por um terreiro de umbanda local, cujos ogãs foram os primeiros batuqueiros.

Jacarezinho-PR mantém um esforço contínuo para valorizar seu Carnaval. Atualmente, o evento conta com o apoio da prefeitura e da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), que desenvolvem projetos de extensão para promover as atividades culturais ligadas ao samba.

Hoje, o Carnaval de Jacarezinho é representado por duas escolas de samba ativas: Unidos do Cruzeiro, com mais de 40 anos de tradição, e Acadêmicos Capiau, uma das agremiações mais recentes da cidade. Além das escolas, o Bloco de Enredo Obatalá desfilou em 2023.